sexta-feira, 8 de março de 2013

Caminhando para a justiça

Oi galera,

depois de um tempinho volto aqui pra postar pra vocês, ansiosos por justiça, ou temerosos com ela, as novidades sobre o caso Marquinhos. 
No último dia 5/03, foi realizada a primeira audiência, tendo como réu Alvimar da Silva Damasceno.  O acusado foi reconhecido por duas testemunhas, assim como Duda - ainda não identificado. 
Consta nos autos que Alvimar e o referido Duda, foram os autores do assassinato de nosso querido Marquinhos. Que de forma brutal e cruel ficavam brincando e, como se estivessem numa sanguinária competição, viam quem conseguia bater mais em Marquinhos, já desacordado desde o primeiro soco. 
Foi difícil ouvir isso, foi difícil ver e ouvir o depoimento emocionado de minha mãe, lembrando de quando recebeu a notícia do acontecido. Mas seguimos acompanhando tudo.
O depoimento da testemunha de acusação foi extremamente coerente com os autos, diferentemente das testemunhas de defesa do réu. Segundo o próprio Ministério Público, tais depoimentos seguiram recheados de contradições e incoerências. Obviamente, essas testemunhas tentaram distorcer os fatos, bem como se lançaram na empreitada de culpabilizar o meu irmão por estar no lugar errado e na hora errada. Um deles, afirmou que meu irmão teria morrido porque queria bancar o super-herói... 
É... Isso ele sempre foi e sempre será para nós. Um herói. Isso nos soou como um elogio. Não nos afetou...
Mas, o que nos foi intragável, foi o fato de tais testemunhas tentarem justificar o ocorrido, afirmando que tal lugar, onde meu irmão e as outras pessoas agredidas estavam, não seria o local próprio dos torcedores do vasco de caminho rumo ao estádio. Ora! Não vivemos num Estado Democrático de Direito, onde o direito de ir e vir em qualquer lugar deveria ser garantido? Enfim... Vergonhoso para qualquer ser humano, defensor da mínima democracia ouvir uma coisa dessas de outro ser. Vergonhoso...
Enfim, para livrarem Alvimar da culpa, colocaram-na em outra pessoa, que dizem não mais ter contato há muito. Estranho né? 
Mas enfim, diante de tanta mentira e sofrimento, a primeira vitória: o réu permanece em medida cautelar, ou seja preso de forma preventiva e vai a juri popular.
Sigamos em frente rumo à justiça! Para que esse tipo de selvageria não mais seja página de nossos jornais. para que o futebol volte a ser um momento de alegria à população trabalhadora. 
Agradeço aqui, publicamente aos companheiros da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, que têm nos acompanhado desde sempre. Aos amigos e familiares que estão junto conosco. Pedimos que não esmoreçam.

Termino com a nossa frase:

"Quem cala sobre teu corpo consente na tua morte. Quem GRITA vive contigo..."

JUSTIÇA!

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