quarta-feira, 15 de junho de 2011

Aqui está a reportagem completa

http://videos.r7.com/ministerio-publico-do-rio-quer-cadastrar-e-monitorar-torcidas-organizadas/idmedia/4df8ab66fc9b43a1376a94f8.html

Entrevista para a Record

http://videos.r7.com/mp-cadastra-e-monitora-torcedores-violentos-no-rio/idmedia/4df7f79cfc9b43a1376a4cf6.html

É lamentável que após quase um ano de falecimento de Antônio Marcos, os assassinos não tenham sido presos. O caso nem para o Ministério Público foi encaminhado.
Sabemos da importância de mecanismos formais para que a violência dentro e fora dos estádios acabe. Porém, entendo que ações efetivas de caráter estrutural, para que atos como este não se repitam, são necessárias.
É muito triste a cada dia acordar e não tê-lo mais entre nós, é muito penoso ter de todos os dias ver a tristeza de uma mãe que não se conforma com a perda de seu filho. A verdade é que ficamos órfãos para sempre da alegria daquele que alguns chamavam de Mazola, outros de Gabiru ou Mark e, que para nós era o Marquinhos. Alegre e brincalhão defendia seus amigos e familiares com unhas e dentes, e para defender companheiros de marginais acabou por perder sua breve, mas bem vivida vida.
Após quase um ano de sua morte ninguém foi preso. Além disso, outros torcedores continuam sendo vítimas de violência e outras mães choram a morte de seus filhos. O que tem sido feito? Vos respondo meu caros: obras para a falácia dos grandes eventos esportivos, que na verdade servem para dar lucro a grandes empresas tais como: OAS, Carioca Engenharia e Odebrecht
Espero sinceramente que esse cadastramento sirva para que bandidos assassinos sejam identificados e presos. Porém, também creio que tais bandidos e assassinos são criados todos os dias pela sociedade injusta que vivemos.

domingo, 8 de maio de 2011

Homenagem de tia Fá a tds as mãe que sofreram e continuam sofrendo a perda de seus filhos pela violência

Neste dia das mães, minhas saudações solidárias a todas as "Marias e Clarices", a todas as "Zuzus", a todas as mães argentinas, "las madres da praça de maio", às mães brasileiras e latino-americanas cujos filhos foram mortos vítimas das ditaduras militares, e também, saudações solidárias a todas as mães das vítimas da violência urbana desenfreada, ocorrida todos os dias, ainda, infelizmente, em nossa sociedade.
A ESTAS "MÃES-CORAGEM", que sofrem a dor da perda de seus filhos, e lutam pelo esclarecimento dos crimes ocorridos com seus filhos, e LUTAM SEM DESISTIR, mesmo , tantas vezes, sem ter com quem contar!
Minha homenagem e saudação solidária a estas MÃES-COMPANHEIRAS, exemplos de vida e coragem!
Fátima

domingo, 20 de março de 2011

nota divulgada na ISTO É

Violência urbana
Dupla dor
 
Seis meses após a morte do filho, o torcedor vascaíno Antonio Marcos Alves de Oliveira, agredido supostamente por torcedores do Fluminense nas proximidades do Estádio do Maracanã, Cleuza Maria passa por outro dissabor. O hospital particular Quinta D’Or cobra R$ 60 mil dela na Justiça por ter atendido o rapaz, que tinha ferimentos no rosto e na cabeça. A família recorreu esta semana à Defensoria Pública do Rio de Janeiro por não ter como pagar a dívida. Ninguém ainda foi preso pelo crime.
 

terça-feira, 15 de março de 2011

De vítima à réu

Ontem ficamos sabendo que minha mãe está sendo processada pelo Quinta D'Or por não ter pago a conta de mais de R$60.000,00 deste hospital onde meu irmão ficou internado por dois dias. A alegação é a de que minha mãe levou meu irmão à instituição por livre e espontânea vontade e que se negou a pagar a conta quando foi cobrada.
Mais uma vez quem é vítima é posto como réu neste caso. Em um primeiro momento tentou-se de todas as formas justificar o assassinato de meu irmão afirmando-se várias calúnias sobre o mesmo. Agora o hospital inventa mentiras para nos cobrar aquilo que não devemos. Meu irmão foi levado ao hospital - e que fique bem claro, depois de estar desacordado - por uma instituição do Estado. Tal hospital não poderia negar atendimento. Além disso, ele não tinha condições de ser transferido, desta forma o hospital não poderia negar-lhe cuidado.
Mais um absurdo envolvendo o Caso Marquinhos. E mais assassinatos continuam. Qto tempo mais este sofrimento será prolongado e aprofundado?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Nota em repúdio ao espancamento de Vinícius Buim

Vinícius Buim, assistente social, mestrando da PUC-SP e militante do PCB, foi brutalmente espancado no dia 17/02/2011. Vinícius era um dos manifestantes no ato contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo e foi uma das vítimas da truculência de 8 policiais, que lhe dirigiram golpes covardes quando o rapaz já estava mobilizado.
Nós, familiares e amigos de Marquinhos, repudiamos todo e qualquer tipo de ato como este. Não é de hoje que somos vítimas da opressão contra movimentos sociais e militantes na luta por direitos que nos deveriam ser garantidos. Atos como este são inadmissíveis e não podemos nos calar diante deles!!!
Exigimos providências e que os responsáveis sejam punidos!!!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Boa notícia!

Ontem, chegando em ksa, minha mãe me mostrou uma carta do Hospital São João Batista - Volta Redonda, onde o hospital agradecia a doação de córneas do meu irmão. Isso me emocionou bastante pq ele viveu anos naquela cidade e este banco de olhos é o único em funcionamento em todo o Estado do Rio. Meu irmão está vivo em algumas pessoas. Graças a Deus ele era muito saudável e pôde fazer a vida de outras pessoas melhor...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

E os assassinatos continuam

A onda de violência entre torcidas "rivais" não pára. No dia de ontem, 11/01/2011, colecionamos mais uma vítima do vandalismo de torcedores fanáticos. Um conselheiro do Cruzeiro foi alvejado, com cerca de cinco tiros, quando saía do trabalho. O assassino? vestia uma camisa da Galoucura - torcida organizada do Atlético-MG.
A manutenção desse tipo de prática é velada tanto pelo Estado, como pelos clubes. Tais ações não têm contado com nenhum tipo de política a fim de reprimí-las. E o que tem ocorrido na sociedade, é a total culpabilização das vítimas, que passam a se tornar as desencadeadoras de seu próprio assassinato. Agora participar de uma torcida organizada passa a ser sentença de morte aceita.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

E tudo continua na mesma...

Hoje fui à delegacia para obter informações sobre o caso de meu irmão. Como já era de se esperar, nada mudou! O tal do Duda ainda não foi qualificado e o terceiro assassino nem identificado foi. Quanto tempo estamos nessa luta? A lei do silêncio impera entre as torcidas, o que impede o andamento do caso. Além disso, não houve, até então, uma pressão maior por parte da polícia.
Repito a pergunta que tenho feito desde que meu irmão morreu. Quantos mortos ainda teremos? Qual tipo de política tem sido implementada para que BARBARIDADES como esta não mais ocorram? Respondo a vocês meus caros: NENHUMA! Aliás. Tem sido implementada uma política higienista, limpando o centro da cidade, fechando seus abrigos, aumentando assim a população de rua, carente de políticas públicas. Essa é a pollítica que tem sido implementada
Continuamos aqui na luta e pedimos aos amigos e familiares de nosso querido Marquinhos que não desanimem, pq eu não vou desistir jamais da JUSTIÇA! Vivemos em uma sociedade que pune muito, mas os mais empobrecidos. devemos mudar esse quadro! JUSTIÇA PARA MARQUINHOS!!!